Parque Megalítico dos Coureleiros

Visitar o Parque Megalítico dos Coureleiros representa uma viagem no tempo aos milénios IV e III a.C. - constituído por cinco antas, quatro classificadas como Imóveis de Interesse Público e uma como Monumento Nacional.

A primeira intervenção arquitetônica do Homem na paisagem, um património cultural único que nos leva a descobrir a própria história da humanidade. Com tanto por desvendar, envolto em mistérios, lendas e diversas interpretações.

A cultura megalítica no Norte Alentejo, nomeadamente nos concelhos de Castelo de Vide e Marvão, tem ainda hoje uma forte presença através dos resquícios que permaneceram.

Também a cerca de 8km do Parque Megalítico dos Coureleiros podemos encontrar o menir da Meada, com mais de 7 metros de altura é o maior menir da Península Ibérica.

O megalitismo surge de um contexto histórico caracterizado pela sedentarização do Homem, centrado na agricultura, com um contacto cada vez maior entre as comunidades.

O Parque Megalítico dos Coureleiros já foi palco de várias investigações, primeiramente por Francisco Pereira da Costa no final do século XIX, mais tarde pelo Casal Leisner na sua passagem por Castelo de Vide no ano de 1949, assim como pelo Professor Jorge Oliveira, que aqui realizou escavações em 1995.

Destas escavações resultaram diversos achados, como moedas, vasos, machados, pontas de flechas, lâminas e contas. Foi também feito um levantamento arquitectônico das antas disponível para consulta na sua tese de doutoramento.

A anta II, classificada como Monumento Nacional no ano de 1910, afirma-se pela sua imponência na chegada ao monte, dando logo as boas-vindas a quem percorre o caminho de acesso.

Destacam-se duas antas da necrópole, quer pela sua dimensão quer pelo seu estado de conservação: antas II e IV respectivamente.

Junto da anta IV, foi anexada ao monumento uma casa de habitação nos finais do século XVI. Na ombreira direita foi gravada uma cruz.

Ainda nos trabalhos realizados recentemente, tornou-se possível admitir a hipótese de que os monumentos tenham pertencido a grupos de diferentes estrato sociais.

Pelas diferentes dimensões das antas, mas também pelos resultados obtidos nas escavações onde a diversidade de materiais refletiu essa estratificação social.

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