COURELEIRO — (Quareleiros)

Aquele que antigamente repartia as courelas incultas, ou as conquistadas, pelos povoadores.

Monte dos Coureleiros

Um monte típico no Alentejo, em Castelo de Vide, no coração do Parque Natural da Serra de São Mamede, já disponível para o receber.

Premissa

Ao longo da casa, um único material nas paredes - o reboco branco e um único material no pavimento - o tijolo maciço, tornam evidentes os pequenos detalhes.

Sustentabilidade

Através da preocupação com a procura de materiais locais, fornecedores locais e também mão de obra local remete-se para uma ideia de construção vernacular.

A referência mais antiga remonta ao ano de 1871 através da sua representação numa cartografia do Engenheiro Militar Filipe Folque.

Na reabilitação que se iniciou em 2022, procurou-se manter as características da arquitectura tradicional alentejana, através da sua volumetria sólida e térrea, da utilização do barro, da predominância da cor branca, mas também do seu carácter simples, despojado e despretensioso.

A habitação desenvolve-se ao longo de um pátio aberto à paisagem e aberto ao céu. Este espaço funciona como o coração da casa

Simples

Materiais naturais, mobiliário desenhado, tecidos e peças de todos os tempos conferem um ambiente intemporal, à semelhança da casa em si, que embora antiga, poderia ter sido construída agora.

Despojado

O monte é banhado pela intensidade da luz natural, que todos os dias dá as boas vindas pela manhã. Um luxo que a orientação da casa proporciona, assume-se nos espaços como o elemento de maior riqueza.

Despretensioso

Venha descobrir a serenidade do Alentejo enquanto experiencia o ritmo de um monte alentejano, onde a tradição e a contemporaneidade se cruzam de forma intemporal.

Essência

A Arquitectura Popular do Alentejo é também paisagem cultural. A sua ligação à terra, com volumetrias fortemente horizontais, num aconchego terno e silencioso faz dela e da envolvente uma exaltação poética. A sua riqueza é a sua singeleza, não haverá muita expressão arquitectónica em que o quase nada em termos formais possa representar tanto.

- VICTOR MESTRE, 2001